sexta-feira, 23 de julho de 2010

A um amigo perdido

Sinto falta de você. Te vejo todo dia e sinto falta de você. Sinto falta dos tempos em que ríamos juntos. Dos tempos em que eu não era uma sombra no seu dia. Eu lembro de tudo isso.

Mas você vai se esquecer.

Vai se esquecer de nossas confissões e pactos.
Vai se esquecer do riso e da tristeza e do medo e do alívio depois da tempestade.
Vai se esquecer de nossas histórias e de nossos desenhos e de nossas músicas.
Vai se esquecer das cores e dos perfumes.
Vai se esquecer de tanta coisa...

Mas também vai se esquecer - e tinha que haver algo de bom nisso tudo - toda a dor que eu te causei, mesmo sem querer.

E agora eu a deixo descansar.

Viva para sempre em minhas memórias, pois estas me pertencem. O passado, este não me pertencerá jamais. Peço apenas que aceite meu último pedido:

Volte, algum dia, para me assombrar.






(Olá, leitores! Agora que vocês estão achando que eu tô triste, gostaria de informar que esse é um pequeno texto que eu achei perdido na minha gaveta :P achei válido publicar aqui. Mas são águas passadas...)