domingo, 30 de janeiro de 2011

Novo, tudo novo

Tenho saudade do tempo em que conseguia escrever livremente sem deixar rastros muito explícitos da minha vida pessoal, porque tem sido difícil. Principalmente quando tenho tanto a dizer pra tantas pessoas e simplesmente não consigo - por diversos motivos.
Esses tempos têm me trazido novidades até demais. Vou me mudar, com a minha família, de uma casa grande pra um apartamento num bairro mais central. Me formei no colégio e entrei pra Comunicação Social na UFRJ - até já tinha dito isso por aqui. Cortei o cabelo e mudei horrores na aparência, que acho que ficou bem melhor do que o "antes". Até meu computador quebrou, e estou no do meu pai, como uma medida provisória (que está durando uma eternidade...), até que eu ganhe - SIM! - meu próprio notebook. E, só pra completar, vou começar a fazer um curso de inglês direcionado pra preparação de professores. Haja fôlego.
Geralmente eu fico animada com tanta novidade, mas não é a mesma coisa quando você se sente... preso. É, não tenho feito muita coisa nas férias.
Queria ter uma mente menos "unidirecional". Como já andei reclamando por aqui, também (estou começando a ficar redundante, certo?), se tem uma coisa que me incomoda, eu vou me sentir constantemente incomodada até que eu consiga resolvê-la. E, acredite, ficar trancado em casa, ainda mais nesse calor (leitor pensa: "ah, sua fresca!") não ajuda muito a esquecer os problemas.
Até aqui, Alamandas do jardim, teclado, MSN, Encore (programa onde componho minhas músicas), Tekken 5, quando tenho vontade de dar porrada em alguém e não posso, violão e semi-acústica (sim, meus dedos estão machucando as cordas de aço, coitadas), Paulinho Moska, Paramore, lapiseira, grafite e lápis aquareláveis da caixa de 48 cores têm me salvado um pouco.
Ê, vidão.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"In Between Days"



É, passei no vestibular. UFRJ, Comunicação Social, exatamente como eu sonhava. Estou de férias propriamente ditas há um bom tempo. Não tenho mais com o que me preocupar.

Ah, como eu queria que isso fosse verdade.

Uma amiga me falou que se sentia num espaço vazio entre sair do colégio e ir pra faculdade - é, ela também passou :D - e a princípio achei isso um tanto esquisito, difícil de entender. Oras, mas a faculdade vai começar já, já! Agora é só aproveitar as férias e...
É. "E" o que?
É difícil aproveitar um tempo sem fazer nada quando você tem assuntos pendentes. Você pode até se lembrar de que pediu por esse descanso o ano inteiro, mas cada vez que você terminar de escutar um CD, ler um blog, ou ver um filme na tv, você vai se perguntar: o que mais eu tenho pra fazer? E a resposta é: nada. Faça o que você quiser.
Você pode jogar no seu play 2, você pode papear coisas aleatórias no msn, ou ver outro filme, ler outro blog e escutar outro CD; o problema é que, o tempo inteiro, volta aquela pergunta. E, por mais que você encontre coisas pra fazer, todas as coisas com as quais você sempre se divertiu ou vibrou... você vai estar com a cabeça em outro lugar. Porque você tinha que estar fazendo outra coisa. Você deveria estar em outro lugar. Deveria.
E agora eu entendo a angústia de se estar perdido entre dois mundos. Acontece que o "nada" nesse espaço deixa mais espaço pros problemas assombrarem e parecerem maiores.
Feliz é dizer que, mais cedo ou mais tarde, alguma coisa vai acabar acontecendo. Ou eu ataco primeiro, ou o "nada" acaba primeiro. E aí, eu terei cada vez mais força pra atacar.

Bom ano pra todo mundo que estiver lendo isso aqui. Calouro ou não, problemático ou não, todos nós merecemos. Agora, só um trechinho de "In Between Days", do The Cure, pra terminar.

"Yesterday I got so scared
I shivered like a child
Yesterday away from you
It froze me deep inside"

"Ontem eu me senti tão assustado
Eu tremi como uma criança
Ontem, ficar longe de você
Me congelou por dentro"