sábado, 1 de outubro de 2011

Esse post também não tem título

Hoje foi um dia tão legal que fiquei com vontade de escrever. Queria fazer algo mais literário pra te mostrar e te botar um sorriso no rosto, mas estou meio limitada, paciência. E ainda tenho aquele poema na cabeça, mas só é distinto o final (que, se eu publicar, perde a graça).

Hoje foi corrido, sim. Nos atropelamos com horários, um atraso aqui e mais outro ali. Mas, depois de tanto correr pra não te desapontar, de chegar e descobrir que você ainda ia se atrasar mais e de ter lido, na Saraiva, um livro sobre como as pessoas não estão se dando muito ao luxo de amar esses dias, você aparece lá com aquela camisa roxa, esse seu jeito polido e "Bríllico" e um pedido de desculpas desnecessário... bem, como eu poderia ficar irritada? A única coisa que realmente lamento é não ter te beijado mais vezes, ou te abraçado mais. É sempre bom, mas é sempre "em público", e aí entra a minha falta de naturalidade em causar esse tipo de cena. Ok, eu não acho que isso seja anormal da minha parte, e acho que você até sente o mesmo, né? Claro que achei besta aquela moça ter feito aquela cara quando você acariciou o meu rosto mas, enfim, coisas pequenas a gente descarta.

Hoje foi gostoso. Eu falei sério quando disse que você ia engordar comigo, porque eu não só como muito, como tenho um prazer enorme em comer (muito), e vou te levar nessa comigo. Quero comer com você mais vezes e ficar esperando você terminar bem devagar o seu prato, enquanto a gente troca piadas que só nós entendemos - ou com as quais só nós conseguimos rir - e você fala comigo em linguagem não-verbal porque tá com a boca cheia. Tipo o yakisoba e os Hot Philladelphia's que dividimos hoje, e a coca-cola que brindamos quando já estava quase no fim. E também é muito bom se você estiver sorrindo como estava hoje, meio bobo até, falando com a garçonete como se a conhecesse há tempos e me fazendo rir de tudo isso. Sorvete ou torta de sobremesa? É, acabamos comendo "sorvete de torta", você filosofou dizendo algo sobre o destino, e eu contrapus com algo sobre escolhas. Embora nossas crenças sejam bem diferentes, às vezes podemos chegar a acordos, certo?

Cortando o paralelismo/anáfora de começar parágrafos com "hoje...", quero que chegue logo o dia em que você vai ultrapassar as portas de vidro do térreo do meu prédio, pegar o elevador comigo e estar lá no apartamento 501, sem lojas e desconhecidos assustadores em volta pra nos distrair, ameaçar ou, como é mais frequente, constranger. Poderemos ver "A Origem", e você vai poder parar de falar desse filme o TEMPO TODO, hehehe. Ah, é claro, vou fazer o meu yakisoba especial à brasileira, com direito a manteiga e "tudo o que há de bom" (acho que o shoyu se encaixa na classificação de "elemento X"), e talvez ver você comendo rápido - o que seria muito cômico. Vamos nos beijar sem reservas e ficar como queremos. Não, não é uma realidade distante, fico feliz em dizê-lo. E eu vou poder olhar pros seu olhos "acesos e profundos", bem de perto, o quanto eu quiser - como já faço sempre.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mais um semestre começa.

Oi, leitores! Como duvido que tenha alguém que não me conheça lendo, todo mundo deve saber que tô tendo minha primeira semana de aulas do segundo período da faculdade. Por mais que não esteja tendo todas as aulas que devia, por motivos de faltas inexplicadas de professores, tô aprendendo bastante coisa dentro e fora das salas. Além de, claro, me divertir pra caramba com meus amigos por aí.

Lição 1: nunca subestime a vendagem da Revista Piauí. Ela pode parecer meio "underground", mas tá em voga. Em uma semana de lançamento, ela já tava esgotada na banca e na Saraiva do Rio Sul. Resultado: eu e Jonas (que praticamente me apresentou a revista) decepcionados em nossa busca. Maldito Jobim, até nisso ele prejudica as pessoas.

Lição 2: não é porque uma palestra é sobre jornalismo esportivo - um assunto que conheço tanto quanto a fórmula da Coca-cola - que você, como estudante de JORNALISMO, não deve ver. A palestra de hoje, que fazia parte da programação da semana de calouros desse semestre, foi cheia de lições profissionais e lições de vida, além de uns causos bem interessantes e um humor ácido que eu adoro. Os palestrantes foram Lúcio de Castro, da ESPN, e Mauro Graeff, do Lance! (Mauro Júnior, do Globo, também estava "escalado", mas não sei por que motivo não apareceu). Eu nunca sequer tinha ouvido falar dos caras e do trabalho deles, mas o que eles contaram e debateram ali, respondendo às perguntas de nós, alunos, foi o suficiente pra eu ficar empolgada com a profissão que escolhi e com todas as questões que ela traz pra eu tentar resolver. Coisas como a ética, a procura por "brechas" na dependência da imprensa em relação à lógica de mercado... E tudo isso em meio a informações preciosas, mas simples a princípio, sobre os eventos que estão já assombrando (assombrando?) a gente, ou seja, a Copa e as Olimpíadas. A partir de hoje, eu acredito que, com um pouco de pesquisa e dedicação, eu poderia trabalhar até com jornalismo científico, ou com jornalismo esportivo. Quem sabe até o jornalismo fórmula-da-coca-colístico, quem sabe, um dia. O céu é o limite pra um profissional com senso crítico e que faça uma boa pesquisa e apuração dos "fatos" encontrados, de acordo com os palestrantes que ouvi hoje. Então, por que não posso ser esse profissional? Vontade não falta.

Lição 3: sabe a matéria de filosofia que você supostamente tem que aprender no primeiro ano do ensino médio? Acabo de descobrir que, se você quer fazer Jornalismo na UFRJ, você precisa ter prestado muita atenção nela. Estou tendo pré-socráticos pela TERCEIRA vez na vida, já no segundo período! E, adivinhem, agora essa é pra chorar: terei um aprofundamento em Descartes. Preciso dizer mais? Acho que não. Vejo matéria repetida, logo me canso. Mas, enfim, ainda tenho esperanças de que haja uma abordagem diferente, porque essa matéria é Psicologia Cognitiva (esse nome não é assustador?). Algo de diferente tem que ter.

É isso aí, gente. Espero não escrever só sobre minha faculdade, quero que vocês saibam que aquilo ali só não é minha vida inteira! Mas pretendo também falar sobre criatividade, bloqueio da mesma, problemas, sonhos... só esperar a inspiração vir. E o tumblr de parar de sugar ela...

Aliás, entrem no meu tumblr, tá o link com um "t" ali do lado (não é o do twitter, ô pessoa sonolenta!). Complemento dinâmico e palhaço desse blog, vão por mim!

Se sentindo culpada por dormir tão tarde,

Bia Felix





segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fim de período

Hoje, vi pessoas felizes em verem seu trabalho finalmente dando resultados. Vi pessoas felizes em simplesmente estarem juntas, felizes por poderem compartilhar risadas, assuntos e comida. Vi pessoas curtindo sua "última ceia" juntas e brincando com o aspecto "sagrado" da coisa, fazendo fantasias de freira e bandido de faroeste com guardanapos de tecido, e fazendo de um simples guardanapo de papel um mural de assinaturas valiosíssimo.

Vi futuros profissionais de sucesso mostrando seu potencial, mas, mais do que isso...

...eu vi seres humanos maravilhosos. No presente.

Obrigada, EC1, por ser a melhor turma que vocês poderiam ter sido nesse 1º período. Continuemos assim!

Com a barriga cheia de chá gelado e batatas fritas com queijo,

Bia Felix

sábado, 16 de julho de 2011

De capa nova

É, leitores, eu fiquei um tempão sem aparecer. Queria dizer que foi por excesso de trabalho, falta de tempo, mas eu poderia ter escrito algo, mesmo assim. A verdade é que perdi bastante o interesse em escrever aqui, até porque, bem... fase estranha da vida. O meu primeiro semestre de Comunicação Social na UFRJ terminou agora - e ele terá sido o primeiro semestre da minha faculdade de Jornalismo, se meu CR permitir. Aliás, a própria faculdade já tá mudando a minha vida. Graças ao que aprendi nas aulas de Linguagem Gráfica, com a querida professora Andreia Resende, você pode perceber que esse blog tá, visualmente, bem menos poluído. É ou não é?

Mas ideia é coisa que não me faltou esse tempo todo, só foram postas em prática de forma diferente: no meu Tumblr! Sim, virei adepta desse serviço de "medioblogging" (ou seja, um intermediário entre o twitter, microblogging, e o blogger, o blogblogging!). Aliás, tomei vergonha na cara pra relembrar os conceitos básicos de HTML e colocar os links ali, pra vocês, bonitinhos. Agora essa biblioteca tá realmente em rede. Falta vocês contribuirem com os fluxos ;) (a garota mal começou a faculdade e já acha que tá abafando, ridícula -n)

Ah, e dêem uma olhada nos links lá embaixo, tem dois sites que valem a pena serem visitados. Tem o Delfos, o meu "site de jornalismo nerd parcial" favorito, e o Caras como eu, cheio de contos bastante líricos (não, nada de água-com-açúcar) sempre interessantes.

E, tenho notado uma coisa: esse blog não vai ser mais o mesmo. É só uma tendência, mas meus posts devem tender a uma maior impessoalidade. Até porque tenho cada vez mais coisas pra falar e cada vez menos motivos para torná-las públicas. Fazer o que. Sinal de que esse blog tá crescendo com a blogueira :P

Isso me lembra uma coisa: em setembro, o Café completa... 5 anos! Nunca pensei que pudesse durar tanto tempo com a mesma estética básica e a mesma identidade do conteúdo. Você sabe: textos reflexivos meus, textos literários (crônicas e contos) e textos críticos acerca de notícias (esses, mais raros, mas isso é algo que pretendo mudar).

É claro que não vou continuar nesse pique, nessa animação (que me levou mesmo a mudar a cara do blog) se não tiver feedback. Comentários e pageviews são mais que bem-vindos, são necessários! Não vou me jogar no chão e implorar e também não vou me matar, mas... vamos lá, pra que fazer um blog se ninguém lê? :P

Contando com os leitores e com novas ideias pra não deixar teias de aranha crescerem aqui,

Bia Felix

PS: vocês notaram? A faculdade melhorou até a minha escrita! Nunca mais esqueço regras de pontuação!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Como fazer sua própria novela

(Caros leitores, é com muito orgulho e afobamento que eu praticamente reinauguro o meu querido blog, já que passei quase um mês sem internet em casa, gastando meu dinheiro em lan houses frias de ar-condicionado. Mas chega de drama. E vamos à dramaturgia...)

Todos nós, brasileiros, sabemos o quanto a teledramaturgia afeta a nossa gente. Mas você já parou pra pensar
no quanto as fórmulas se repetem? E olha que não estou falando só do final feliz, com mocinho e mocinha juntos para sempre!
Com um pouco de observação e tempo perdido acompanhando capítulo após capítulo, chega-se a conclusões, no mínimo, curiosas.

E a primeira delas é: qualquer um pode fazer uma novela - e até uma bem original! Analise as opções a seguir e monte a sua!


1- O contexto
É a definição de tempo/espaço onde a trama se situa.

Opções repetidas à exaustão:
a) Eixo Rio-São Paulo, época atual (o conhecido "pacotão horário nobre")
b) Final do séc. XIX - escravidão no Brasil imperial (novela das seis)
c) Início do séc. XX (se for década de 20, é numa cidade pequena. Demais décadas até a de 60, volta ao eixo Rio-São Paulo)

Você pode inovar com:
d) Marte, qualquer época
e) França revolucionária do final do séc. XVIII
f) Idade da Pedra, qualquer lugar


2- Os personagens principais
São os queridinhos, os elos centrais entre todos os núcleos de personagens - um conhece o outro, que conhece o outro, e por aí vai.

Opções repetidas à exaustão:
a) Casal de jovens muito apaixonados (e igualmente idiotas)
b) Mãe solteira e batalhadora a procura de alguma coisa, desde filhas desaparecidas a "um grande amor"

Você pode inovar com:
c) Atriz pornô aposentada
d) Ex-BBB
e) Vestibulando de medicina
f) Físico quântico celibatário


3- Os personagens secundários
São os puxa-sacos dos queridinhos e/ou dos vilões. Geralmente, são divididos em núcleos, gerando as seguintes...

...Combinações repetidas à exaustão:
a) núcleo podre de rico e metidinho + núcleo pobretão exaltado + núcleo "família feliz" de classe média
b) núcleo adolescente pseudo-revolucionário + núcleo pobretão exaltado + núcelo "família feliz" de classe média

Você pode inovar com:
c) núcleo podre de rico intelectualizado + núcleo "família problemática" + núcleo de mendigos
d) núcleo pobretão intelectualizado + núcleo de mendigos surfistas + núcleo zumbi
e) núcleo podre de rico intelectualizado + núcleo pobretão intelectualizado + núcleo zumbi intelectualizado


4- Os vilões
São aqueles que, por algum motivo inexplicável, são malvados por natureza e não vão deixar ninguém entrar no caminho deles.

Opções repetidas à exaustão:
a) Irmã invejosa da personagem principal que acha que sempre teve tudo menos que a outra - atenção dos pais, homens, etc
b) Ex-namorado(a)/marido/esposa/peguete ou mero(a) admirador(a) do(a) personagem principal que acha que o(a) ama, mas na verdade tem é uma obsessão doentia e mortal.
c) Patriarca estilo "mão-de-ferro" que senta o chicote nos escravos e não deixa a filha casar com quem quer (caso especial de novelas do final do séc. XIX, com variações para outras épocas)

Você pode inovar com:
d) Cientista perverso que quer dominar o mundo (clichê importado do mundo dos super-heróis)
e) Grupo neonazista
f) Capitão Nascimento

5- A Empresa
Sempre pertence a um dos personagens principais, ou à família de um deles, e os empregados/funcionários são os personagens secundários.

Opções repetidas à exaustão: não constam. A própria existência de uma empresa central já é a repetição em si, tendo como exemplos:
a) Agência de modelos
b) Produção têxtil do início do séc. XX, onde trabalham imigrantes
c) Produção artesanal de doces
d) Fazenda de café

Você pode inovar com:
e) Fábrica clandestina de anfetaminas
f) Inexistência de uma empresa central
g) Inexistência do capitalismo


6- O bordão
Geralmente criada por um dos personagens do núcleo pobretão exaltado, essa expressão deve ser assimilada e repetida pelo público
até um certo período após o final da novela, servindo como medidor de audiência acessório ao IBOPE.

Opções repetidas à exaustão: não constam. Se o bordão for repetido, perde a graça. O bordão costuma ser apenas uma exclamação esdrúxula, tendo como exemplos:
a) "Né brinquedo, não!"
b) "É a treva!"
c) "Catiguria!"
d) "Felomenal!"

Você pode inovar com:
e) "Penso, logo existo"
f) "Ser ou não ser..."
g) "Defenestra que tá foda!"


7- A polêmica
Assunto que gera discussões inteligentes em mesas de bar e salões de beleza, instruídas devidamente e unicamente pelo conteúdo
passado pela novela.

Opções repetidas à exaustão:
a) Uso de drogas ilícitas
b) Alcoolismo
c) Homossexualidade

Você pode inovar com:
d) Desnecessidade do diploma para a carreira de jornalismo
e) Imposição das normas do novo acordo ortográfico da língua portuguesa
f) Existência ou não existência de OVNIs/ETs


8- A lição
Sim, novelas podem ser educativas e ajudar a incluir grupos sociais discriminados. Pena que essa é a parte mais chata e forçada
dos diálogos.

Opções repetidas à exaustão:
a) Prevenção do câncer de mama (porque sempre tem um personagem que é médico. E todos os outros personagens só conhecem o consultório dele.)
b) Estímulo ao pré-natal (idem ao item a)
c) Inclusão social de crianças especiais

Você pode inovar com:
d) Trocar a novela por um programa educativo. DÃ!


9- O assassinato
Porque o povo sempre fica querendo saber quem matou Odete "Róitman", Lineu, entre outros... o que também gera especulações em
mesas de bar e salões de beleza, que com certeza só serão confirmadas no último capítulo da novela.

Opções repetidas à exaustão:
a) Idoso rico com herdeiros, gerando uma possível disputa entre eles.
b) Qualquer personagem que não tivesse muito futuro na trama.

Você pode inovar com:
c) Assassinato do casal principal (NUNCA ACONTECE. NUNCA!)
d) Assassinato do hamster do casal principal

10- O final
É, tudo o que é bom dura pouco. Por isso, novelas costumam ter mais de uma centena de capítulos.

10.1- O final dos vilões
Agora eles terão seu castigo merecido... ou não.

Opções repetidas à exaustão:
a) Vilão morre
b) Vilão é preso
c) Vilão termina seus dias num manicômio

Você pode inovar com:
d) Vilão mata o(a) mocinho(a) e solta uma gargalhada fatal
e) Vilão consegue conquistar o amor do(a) mocinho(a) que tanto queria, os dois se casam e ele (ou ela) solta uma gargalhada
fatal.

10.2- O final dos personagens principais
Felizes para sempre... ou não.

Opções repetidas à exaustão:
a) Casamentos duplos (ou até triplos) com noivos do núcleo de personagens secundários
b) Bebês nascendo
c) Gente enriquecendo

Você pode inovar com:
d) Morte do casal principal (ops... figurinha repetida!)
e) Casamentos separados, como as pessoas normais costumam fazer.

10.3- O final dos personagens secundários
Se não estiverem se casando na mesma cerimônia dos principais, eles estarão...

(Opções repetidas à exaustão:)
a) ...viajando
b) ...conseguindo um bom emprego

É claro que nem sempre os personagens secundários têm um fim que se encaixe na história. É aí que entram os...

10.3.1- ..."Tapa-buracos"
Porque os personagens secundários são tão insignificantes que o autor nem se esforça pra fazer um final que preste. Geralmente eles
"caem de paraquedas" nos últimos capítulos.

Opções repetidas à exaustão:
a) Um velho rico aparece do nada e se casa/foge com uma das personagens secundárias
b) Um homem qualquer aparece e leva embora a personagem secundária menos pegável que tiver na novela.

E você sempre poderá inovar com:
c) Rambo desce de paraquedas no casamento coletivo e metralha todo mundo
d) Mestre dos Magos aparece do nada (como sempre) e dá algum conselho indecifrável para um dos personagens secundários
e) Amante desconhecida de um dos noivos secundários aparece no meio do casamento e acaba com a festa


E é isso aí, gente. Quando terminar, é só mandar pra Globo e cruzar os dedos!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Por que eu não gostei do show do Paramore:

Porque...

... eu queria ter ouvido mais a voz da Hayley do que a voz da platéia - que foi só o que ouvi 80% do show. Sério, ela canta bem melhor que todos nós, né!

... eu queria ter ouvido os riffs e solos direito. Mas só apareciam o baixo, a guitarra base e, claro, a bateria.

... eu queria ter VISTO o show direito. Vamos concordar que ter a mesma altura da Hayley - 1,57 m - não me ajudaria muito numa pista povão.

... e é isso aí, gente.

Por que eu gostei do show do Paramore:

Porque...

... a Hayley sabe como conquistar a platéia. Com seus agudos de surpresa no meio de uma parte empolgante da música, com seu jeitinho de pedir - quase ordenando - pra gente dançar e com sua energia em tempo integral no palco.

... eu aprovei de coração quase todas as músicas do setlist, apenas uma estava fora das minhas preferências. Claro, né, era o Paramore!

... como acontece em shows legais, a gente conhece pessoas legais na fila!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Novo, tudo novo

Tenho saudade do tempo em que conseguia escrever livremente sem deixar rastros muito explícitos da minha vida pessoal, porque tem sido difícil. Principalmente quando tenho tanto a dizer pra tantas pessoas e simplesmente não consigo - por diversos motivos.
Esses tempos têm me trazido novidades até demais. Vou me mudar, com a minha família, de uma casa grande pra um apartamento num bairro mais central. Me formei no colégio e entrei pra Comunicação Social na UFRJ - até já tinha dito isso por aqui. Cortei o cabelo e mudei horrores na aparência, que acho que ficou bem melhor do que o "antes". Até meu computador quebrou, e estou no do meu pai, como uma medida provisória (que está durando uma eternidade...), até que eu ganhe - SIM! - meu próprio notebook. E, só pra completar, vou começar a fazer um curso de inglês direcionado pra preparação de professores. Haja fôlego.
Geralmente eu fico animada com tanta novidade, mas não é a mesma coisa quando você se sente... preso. É, não tenho feito muita coisa nas férias.
Queria ter uma mente menos "unidirecional". Como já andei reclamando por aqui, também (estou começando a ficar redundante, certo?), se tem uma coisa que me incomoda, eu vou me sentir constantemente incomodada até que eu consiga resolvê-la. E, acredite, ficar trancado em casa, ainda mais nesse calor (leitor pensa: "ah, sua fresca!") não ajuda muito a esquecer os problemas.
Até aqui, Alamandas do jardim, teclado, MSN, Encore (programa onde componho minhas músicas), Tekken 5, quando tenho vontade de dar porrada em alguém e não posso, violão e semi-acústica (sim, meus dedos estão machucando as cordas de aço, coitadas), Paulinho Moska, Paramore, lapiseira, grafite e lápis aquareláveis da caixa de 48 cores têm me salvado um pouco.
Ê, vidão.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"In Between Days"



É, passei no vestibular. UFRJ, Comunicação Social, exatamente como eu sonhava. Estou de férias propriamente ditas há um bom tempo. Não tenho mais com o que me preocupar.

Ah, como eu queria que isso fosse verdade.

Uma amiga me falou que se sentia num espaço vazio entre sair do colégio e ir pra faculdade - é, ela também passou :D - e a princípio achei isso um tanto esquisito, difícil de entender. Oras, mas a faculdade vai começar já, já! Agora é só aproveitar as férias e...
É. "E" o que?
É difícil aproveitar um tempo sem fazer nada quando você tem assuntos pendentes. Você pode até se lembrar de que pediu por esse descanso o ano inteiro, mas cada vez que você terminar de escutar um CD, ler um blog, ou ver um filme na tv, você vai se perguntar: o que mais eu tenho pra fazer? E a resposta é: nada. Faça o que você quiser.
Você pode jogar no seu play 2, você pode papear coisas aleatórias no msn, ou ver outro filme, ler outro blog e escutar outro CD; o problema é que, o tempo inteiro, volta aquela pergunta. E, por mais que você encontre coisas pra fazer, todas as coisas com as quais você sempre se divertiu ou vibrou... você vai estar com a cabeça em outro lugar. Porque você tinha que estar fazendo outra coisa. Você deveria estar em outro lugar. Deveria.
E agora eu entendo a angústia de se estar perdido entre dois mundos. Acontece que o "nada" nesse espaço deixa mais espaço pros problemas assombrarem e parecerem maiores.
Feliz é dizer que, mais cedo ou mais tarde, alguma coisa vai acabar acontecendo. Ou eu ataco primeiro, ou o "nada" acaba primeiro. E aí, eu terei cada vez mais força pra atacar.

Bom ano pra todo mundo que estiver lendo isso aqui. Calouro ou não, problemático ou não, todos nós merecemos. Agora, só um trechinho de "In Between Days", do The Cure, pra terminar.

"Yesterday I got so scared
I shivered like a child
Yesterday away from you
It froze me deep inside"

"Ontem eu me senti tão assustado
Eu tremi como uma criança
Ontem, ficar longe de você
Me congelou por dentro"