quinta-feira, 27 de maio de 2010

A dor latente

Tem dias em que me sinto estranha. Sinto um gosto amargo ao olhar para as paredes ao meu redor e a luz do sol que ilumina a sala se torna fria - uma quase penumbra, então, quando uma nuvem se põe sobre ele. Uma tristeza estranha toma conta do meu coração, e as mais alegres melodias soam irônicas. A tela brilhante do monitor cansa a minha vista mais rápido do que o normal, e assim forma-se uma nuvem negra, que emoldura todo o meu campo de visão e me atordoa. Me dá vontade de chorar, mas não consigo, porque meus olhos estão secos. Uma sensação morna de dia de mormaço, preguiça e cansaço me abate e drena minhas forças, transformando tudo em pensamentos ora nostálgicos, ora melancólicos.
Algumas vezes, estranhamente, me sinto assim, estranha. É, talvez, o medo que precede o fim de um ciclo. E, talvez, o medo de não saber o que virá de novo...

Um comentário:

Mari disse...

É estranho vc falar em fim de ciclo, pq se é ciclo para mim não tem fim...Mas ñão é isso, né...
AS vezes eu tenho medo de vc pelas coisas que pega no ar. Dores não deveriam ser latentes pelo simples fato de ninguém a volta perceber as coisas ocultas, mas nada é perfeito nesse mundo. e convivemos com mais isso.